A primeira Copa no Oriente Médio será a última como conhecemos, com 32 seleções

Tem Copa do Mundo em novembro. Em um mês nada usual para o evento, o Mundial chega a um país do Oriente Médio pela primeira vez. É no Catar que o mundo se despede do torneio como o conhecemos hoje, com 32 seleções.


Em 2026, entra em prática o plano da Fifa de fazer a competição com 48 equipes - serão mais jogos na mesma quantidade de dias, mudando o formato. Daqui a quatro anos, o Mundial será em sede compartilhada entre Estados Unidos, Canadá e México. Em sua origem, a Copa começou disputada por 13 equipes. Desde 1998, eram 32. Para a próxima Copa, haverá o maior salto em número de participantes.


É por causa do forte calor no meio do ano que a data da Copa do Mundo foi alterada para ser disputada no Catar, país escolhido como sede há 12 anos. No fim do ano, as temperaturas em solo catariano são mais amenas, ao contrário dos mais de 40 graus, quase 50, enfrentados entre junho e julho.


O novo calendário do Mundial faz os jogadores que atuam na Europa chegarem à Copa no meio de suas temporadas. Ao contrário do que normalmente ocorre, os que defendem  clubes brasileiros terão finalizado seus anos.


Entre outras novidades, está o incremento tecnológico na arbitragem, que levará ao Catar o "impedimento semiautomático". Com a intenção de acelerar as decisões, a tecnologia será um sensor dentro da bola que enviará alto volume de dados para determinar o momento exato do chute. Isso aliado ao sistema de câmeras com múltiplos ângulos dará à arbitragem a informação mais rápida sobre uma eventual infração de impedimento. A regra das cinco substituições para cada equipe também é algo inédito adotado no Mundial do Catar.


A realização de uma Copa no Catar, que foi permeada por denúncias de desrespeito a direitos trabalhistas, ainda coloca no centro do debate a segurança para a comunidade LGBTQIA+. A homossexualidade é proibida no país, e protestos contra a discriminação estarão, inclusive, dentro de campo. Dez capitães de seleções vão usar a braçadeira arco-íris, em um movimento intitulado "one love".


É neste cenário que a seleção brasileira busca o hexacampeonato. O Brasil tenta conquistar a sexta estrela 20 anos depois do penta. Para isso, conta com o trabalho de Tite, mantido entre uma Copa e outra, mas que será encerrado após o Mundial, e uma equipe fortalecida pelos números conquistados no ciclo para o Catar, mas que não foi testada diante das principais seleções europeias. A estrela da companhia segue Neymar, que vai para sua terceira Copa, mas o Brasil tem destaques em todas as posições, como Alisson, Thiago Silva, Casemiro e Vinicius Junior.


Nas próximas páginas, O POPULAR montou um guia com todos os grupos e seleções que estarão no Catar, além de detalhes e análises sobre o Mundial e a seleção brasileira, perfil dos dois árbitros goianos que estarão no Mundial, além de curiosidades sobre jogadores, edições, história e o Brasil na Copa.


Wilton Pereira Sampaio volta a uma Copa do Mundo - foi árbitro de vídeo na Rússia-2018. Agora, será árbitro de campo e terá a companhia do conterrâneo Bruno Pires, assistente goiano que vai para o primeiro Mundial. A brasileira Neuza Back vai fazer história. É uma das primeiras mulheres que vão trabalhar em uma Copa do Mundo masculina na história - são seis profissionais, e Neuza é a única brasileira. A arbitragem terá novidades tecnológicas

Foto: Cesar Greco / Palmeiras

Foto: Fábio Lima / O Popular

Sequência de trabalho de Tite e número maior de jogadores, agora 26, no Mundial

EXPEDIENTE - ESPECIAL O POPULAR COPA DO CATAR

Edição: Paula Parreira

Textos e reportagem: Alexandre Ferrari, João Paulo Di Medeiros e Paula Parreira

Edição de imagem: Weimer Carvalho

Arte: André Rodrigues e Eric Damasceno

Digital: Marco Aurélio Soares Carvalho


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