Sexta estrela é sonho de seleção que chega em alta

A busca pelo hexa da Copa do Mundo começou há pouco mais de 20 anos, logo após a conquista do pentacampeonato no Japão. Desde então, foram quatro Mundiais e eliminações dolorosas para seleções europeias. O sonho da sexta estrela segue vivo e talvez a seleção brasileira viva seu momento de mais confiança para conquistá-la. No Catar, o objetivo do Brasil é voltar a ser campeão da Copa, como fez em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.

De cara, o Brasil terá de superar uma escrita negativa. Boa parte da elevada confiança na conquista do hexa é por causa do momento que a equipe vive, com boas atuações, vitórias, craques voando e a liderança no ranking da Fifa antes do Mundial.

Desde a criação do ranking, em 1993, nunca o time que liderou a lista pré-Copa venceu o Mundial. Para conquistar o hexa, o Brasil terá de ser o primeiro na história.

O Brasil é o favorito para vencer a Copa do Mundo. Especialistas citam o favoritismo para os brasileiros, seguidos de argentinos e franceses. Nas casas de apostas, a seleção brasileira lidera para ser campeã.

Diferente das principais rivais consideradas favoritas, o elenco do Brasil chega saudável ao Catar. Argentina e França, por exemplo, terão desfalques de peso por lesões (Pogba, Kanté, Lo Celso são alguns nomes). Um exemplo, na seleção brasileira, de bom momento físico conciliado com bom desempenho é o do atacante Neymar, que talvez vá para sua primeira Copa sem nenhuma desconfiança em relação a questões físicas.

Em 2014, ano do seu primeiro Mundial, Neymar sofreu com contusões pré-Copa, não atuou no seu melhor ritmo e, nas quartas de final contra a Colômbia, sofreu uma lesão nas costas, em lance duro com Camilo Zúñiga, que tirou o brasileiro do torneio.

Quatro anos depois, Neymar novamente sofreu com contusões antes do Mundial, voltou a jogar às vésperas da Copa da Rússia e deixou o torneio sob críticas por causa das atuações abaixo da expectativa. Em 2022, está em alta.

Neymar chega ao Catar como principal líder do Brasil. Com 15 gols e 11 assistências em 19 jogos pelo PSG, vive seu melhor começo de temporada na carreira e é a principal referência, mas não só dentro de campo.

O camisa 10 é inspiração para muitos jovens, alguns que dividirão vestiário com ele no Catar. Richarlison, Rodrygo, Vinicius Jr., Raphinha e Antony são jogadores que já declararam ter em Neymar uma inspiração e todos vivem momento de ascensão técnica em seus respectivos clubes.

Algo positivo é que o Brasil não é dependente de Neymar. Uma marca da seleção brasileira com o técnico Tite, principalmente na fase final do ciclo para a Copa no Catar, foi de conseguir se organizar quando não tem a presença do camisa 10.

O treinador vai se despedir do comando da seleção brasileira, após seis anos à frente da equipe, e quer a taça da Copa do Mundo para coroar seu trabalho.

Maior campeão mundial, o Brasil terá Sérvia (estreia, dia 24), Suíça (2ª rodada, dia 28) e Camarões (3ª rodada, dia 2/12) como primeiros adversários no caminho que pretende seguir até o hexa. Se avançar, nas oitavas de final enfrentará um time do Grupo H, que tem Portugal, Uruguai, Gana e Coreia do Sul.

Em uma eventual classificação às quartas de final, pegará um rival dos grupos E ou F, que tem Espanha, Alemanha, Japão, Costa Rica (Grupo E), Bélgica, Canadá, Croácia e Marrocos (Grupo F).

A partir das semifinais, a lista é mais extensa, mas seleções como Argentina, França, Holanda e Inglaterra poderão cruzar o caminho do Brasil até a decisão.

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