GOIÁS NO APITO

GOIÁS VOLTA AO APITO, AGORA EM DUPLA

A arbitragem brasileira terá sete representantes na Copa do Mundo do Catar, um recorde do país na história dos mundiais, e dois deles vão representar também a arbitragem goiana. A presença do árbitro Wilton Pereira Sampaio e do assistente Bruno Pires marcarão a estreia de goianos em gramados na história dos mundiais.

Outra novidade na Copa do Mundo é a presença de mulheres na arbitragem e o Brasil também estará representado pela assistente Neuza Inês Back.

A Fifa chamou 129 árbitros para a Copa do Mundo de 2022 para trabalharem como árbitros centrais, assistentes ou árbitros de vídeo. O Brasil, ao lado da Argentina, é o país que mais vai mandar profissionais do apito para o Catar.

Principal árbitro goiano nos últimos anos, Wilton Pereira Sampaio, de 40 anos, vai trabalhar em seu segundo Mundial. Esteve na Copa do Mundo disputada na Rússia para trabalhar nas cabines de árbitro de vídeo, a principal novidade tecnológica do futebol naquele Mundial. A chegada do árbitro goiano, de Teresina de Goiás, ao Catar é a consolidação de carreira internacional dele. Outro árbitro central brasileiro nesta Copa do Mundo será o paulista Raphael Claus.

Irmão de Wilton Pereira Sampaio, o também árbitro do quadro da Fifa Sávio Pereira Sampaio, acredita que Goiás e o Brasil estarão bem representados na arbitragem da primeira Copa no Oriente Médio. O árbitro, que apita pelo Distrito Federal, destaca que Wilton está muito bem preparado.

“Wilton está numa excelente fase, vive um grande momento, fisicamente e mentalmente muito bem. Já teve a experiência de ir à Copa da Rússia como VAR e vai muito preparado tecnicamente pra esse Mundial, mais experiente”, avaliou Sávio Pereira Sampaio, que contou que conversa muito com o irmão sobre arbitragem e troca experiências com ele.

Figurinha carimbada em jogos internacionais sul-americanos, Wilton Pereira Sampaio terá como desafio na Copa do Mundo a comunicação em campo com atletas de diversas nacionalidades. Para isso, o árbitro goiano se preparou bastante nos últimos anos.

“Faz aulas com personal (professor particular) e também já tem uma gama de cursos e torneios da Fifa, em que é um vocabulário restrito de palavras e aplica-se no campo de jogo”, explicou Sávio Pereira Sampaio, sobre a preparação do irmão.

Além de Wilton Pereira Sampaio, o assistente Bruno Pires, de 37 anos e nascido em Goiânia, estará no Catar como árbitro assistente. A tecnologia vai influenciar diretamente o trabalho dele nesta Copa do Mundo. Isso porque a Fifa introduziu para o Mundial a tecnologia do impedimento semiautomático. O objetivo é agilizar a checagem de lances de impedimento.

Diferente de Wilton Pereira Sampaio, Bruno Pires vai participar de sua primeira edição de Copa do Mundo. O assistente está no quadro da Fifa desde 2015 e também atua em competições organizadas pela Conmebol.


Árbitras 

No Catar, a Copa do Mundo terá pela primeira vez na história árbitras trabalhando em jogos da competição que é realizada desde 1930. Ao todo, a Fifa convocou três árbitras centrais e três assistentes para apitarem jogos de Copa do Mundo.

As três árbitras que vão apitar jogos da Copa do Mundo são Stéphanie Frappart, da França, Salima Mukansanga, de Ruanda, e Yoshimi Yamashita, do Japão. Outras três assistentes também vão trabalhar no Catar, são elas: Karen Díaz Medina, do México, e Kathryn Nesbitt, dos Estados Unidos e Neuza Inês Back, do Brasil.

Neuza Back é catarinense, mas apita por São Paulo. A assistente tem se notabilizado no cenário da arbitragem brasileira e trabalhou em grandes eventos como a Copa do Mundo feminina de 2019, o Mundial de Clubes da Fifa de 2020 e também nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

Árbitra do quadro goiano, Michelle Safatle valorizou a presença feminina na Copa do Mundo masculina. “É um fato histórico, imensurável e espetacular. É um sonho para todas as mulheres que atuam na arbitragem. O ápice da carreira de qualquer árbitro, homem ou mulher, é fazer parte de um Mundial masculino”, avaliou.

A árbitra goiana assegura que as profissionais que estarão no Catar estão abrindo “portas gigantescas” para mulheres espalhadas por todo o mundo que sonham em participar de uma Copa do Mundo.

Wilton Pereira Sampaio, árbitro de Goiás. Foto: Cesar Greco / Palmeiras

Bruno Pires, árbitro assistente de Goiás. Foto: Fábio Lima / O Popular

Inovações tecnológicas 

para arbitragem nas últimas Copas


2022
 Impedimento semiautomático

Um sensor localizado no centro da bola vai identificar o momento exato em que ela for tocada
 12 câmeras acompanharão toda movimentação dos jogadores em campo e mapear 29 áreas do corpo dos jogadores que possam configurar impedimento
 Os árbitros da cabine de vídeo serão avisados da posição de impedimento por um sinal luminoso e repassarão a informação ao árbitro central de campo
 O sistema que será utilizado nesta Copa do Mundo tem condição de fazer essa checagem 50 vezes por segundo
2018
 Árbitro de vídeo
 A tecnologia do árbitro de vídeo (VAR) passou por testes desde 2016 para que fosse usada em sua plenitude na Copa do Mundo da Rússia. O uso do VAR para revisar com ajuda de vídeo lances de situações de gol, marcação de pênaltis, cartões vermelhos e confusão na identidade de jogadores teve o mundial na Rússia como confirmação de um novo paradigma para o futebol
2014

 A Copa do Mundo disputada no Brasil teve como inovação tecnológica o uso da tecnologia da linha do gol. A ferramenta consiste em um conjunto de sensores capazes de avisar ao árbitro, com um sinal vibratório em um relógio de pulso, quando a bola atravessa por completo a linha do gol. A história das Copas traz um grande erro de arbitragem na final da Copa do Mundo de 1966, quando um gol inglês foi validado mesmo sem a bola ter cruzado a linha

Equipe de árbitros do Catar-2022


Selecionados por país

África do Sul - Victor Gomes (árbitro); Zakhele Siwela (assistente).


Alemanha - Daniel Siebert (árbitro); Jan Seidel e Rafael Foltyn (assistente); Bastian Dankert e Marco Fritz (árbitro de vídeo).


Angola - Jerson Dos Santos (assistente).


Argélia - Mustapha Ghorbal (árbitro); Abdelhak Etchiali e Mokrane Gourari (assistentes).


Argentina - Fernando Rapallini e Facundo Tello (árbitros); Juan Pablo Belatti, Ezequiel Brailovsky, Gabriel Chade e Diego Bonfá (assistentes); Mauro Vigliano (árbitro de vídeo).


Austrália - Chris Beath (árbitro); Ashley Beecham e Anton Shchetinin (assistentes); Shaun Evans (árbitros de vídeo).


Brasil - Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio (árbitros); Neuza Back, Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires e Danilo Simon (assistentes).


Camarões - Elvis Noupue (assistente).


Canadá - Drew Fischer (árbitro de vídeo).


Chile - Julio Bascunan (árbitro de vídeo).


China - Ning Ma (árbitro); Yi Cao e Xiang Shi (assistentes).


Cingapura - Muhammad Bin Jahari (árbitro de vídeo)


Colômbia - Nicolas Gallo (árbitro de vídeo).


Costa Rica - Juan Carlos Mora (assistente)


Egito - Mahmoud Abouelregal (assistente)


Emirados Árabes Unidos - Abdulla Mohammed Mohammed (árbitro); Mohamed Alhammadi e Hasan Almahri (assistentes).


Eslovênia - Slavko Vincic (árbitro); Tomaz Klancnik e Andraz Kovacic (assistentes).


El Salvador - Ivan Barton (árbitro).


Espanha - Antonio Mateu (árbitro); Pau Cebrian e Roberto Diaz (assistentes); Ricardo De Burgos, Alejandro Hernandez e Juan Martinez (árbitros de vídeo).


Estados Unidos - Ismail Elfath (árbitro); Kyle Atkins, Kathryn Nesbitt e Corey Parker (assistentes); Armando Villarreal (árbitro de vídeo).


França - Stephanie Frappart e Clement Turpin (árbitros); Nicolas Danos e Cyril Gringore (assistentes); Jerome Brisard e Benoit Millot (árbitros de vídeo).


Gâmbia - Bakary Gassama (árbitro).


Guatemala - Mario Escobar (árbitro).


Holanda - Danny Makkelie (árbitro); Jan De Vries e Hessel Steegstra (assistentes); Paulus Van Boekel (árbitro de vídeo).


Honduras - Said Martinez (árbitro); Walter Lopez (assistente)


Inglaterra - Michael Oliver e Anthony Taylor (árbitros); Simon Bennett, Gary Beswick, Adam Nunn e Stuart Burt (assistentes).


Irã - Alireza Faghani (árbitro); Mohammadreza Abolfazli e Mohammadreza Mansouri (assistentes).


Itália - Daniele Orsato (árbitro); Ciro Carbone e Alessandro Giallatini (assistentes); Massimiliano Irrati e Paolo Valeri (árbitro de vídeo).


Japão - Yoshimi Yamashita (árbitro).


Lesoto - Souru Phatsoane (assistente).


Marrocos - Redouane Jiyed e Adil Zourak (árbitros de vídeo).


México - Cesar Ramos (árbitro); Alberto Morin, Karen Diaz Medina e Miguel Hernandez (assistentes); Fernando Guerrero (árbitro de vídeo).


Moçambique - Arsenio Marengule (assistente)


Nova Zelândia - Mark Rule (assistente).


Peru - Kevin Ortega (árbitro); Michael Orue e Jesus Sanchez (assistentes).


Polônia - Szymon Marciniak (árbitro); Tomasz Listkiewicz e Pawel Sokolnicki (assistentes); Tomasz Kwiatkowski (árbitro de vídeo).


Catar - Abdulrahman Al Jassim (árbitro); Taleb Al Marri e Saoud Ahmed Almaqaleh (assistentes); Al Marri Abdulla (árbitro de vídeo).


República Dominicana - Raymundo Helpys Feliz (assistente)


Romênia - Istvan Kovacs (árbitro); Mihai Artene e Vasile Marinescu (assistentes).


Ruanda - Salima Mukansanga (árbitro).


Senegal - Maguette Ndiaye (árbitro); Djibril Camara e El Hadji Samba (assistentes).


Suriname - Zachari Zeegelaar (assistentes).


Trinidad e Tobago - Caleb Wales (assistente)


Uruguai - Andres Matias Matonte Cabrera (árbitro); Martin Soppi e Nicolas Taran (assistentes); Leodan Gonzalez (árbitro de vídeo).


Venezuela - Jesus Valenzuela (árbitro); Tulio Moreno e Jorge Urrego (assistentes); Juan Soto (árbitro de vídeo).


Zâmbia - Janny Sikazwe (árbitro).

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